Forte relação com a Associação Annapurna Nepal A Les Elfes continua orgulhosamente a sua forte relação com a Associação Annapurna Nepal, que trabalha principalmente com raparigas órfãs ou com muito pouco apoio familiar. Em 2017, enviámos 6 membros do pessoal para o Nepal, incluindo Fabiana, a nossa funcionária de La Tzoumaz, que tinha algumas boas recordações para partilhar connosco.
Relatório Fabiana setembro de 2017:
Na ANA – Association Annapurna Nepal – tive a oportunidade de passar algum tempo com um anfitrião, na altura em setembro, eram 13 raparigas e 2 rapazes.
Horário O horário do voluntariado baseava-se numa visita duas vezes por dia.
A primeira de manhã, para ajudar as crianças a prepararem-se para a escola.
A segunda visita à noite, para ajudar com os trabalhos de casa, estudos e actividades recreativas. Mas aos sábados era diferente, podia passar o dia inteiro com eles e um dia inteiro de actividades diferentes. Época de exames Era época de exames quando lá estive, por isso, na primeira semana, dedicámo-nos sobretudo aos estudos.
Eu relacionava-me mais com os mais novos, uma vez que os mais velhos já tinham um método de estudo bem organizado e foi nesses momentos que aprendi muito, principalmente sobre a cultura deles e como a vida é tão diferente da nossa na Europa. Além disso, rimo-nos muito juntos sobre a diferença entre estes “dois mundos”.
À medida que o tempo passava pude ver o quão esforçados eles são através de bons hábitos de vida, rotinas e estudos.
Não estou habituada a ver crianças que gostam realmente de estudar, foi tão impressionante. Dashain & Tihar Estávamos também perto da altura do maior festival celebrado no Nepal – Dashain & Tihar – que eu diria ser como o nosso Natal na Europa.
Toda a gente chega a casa, vinda de todo o lado, para receber o abençoado “tika” (ponto vermelho na testa) dos familiares mais velhos.
Com isto veio um grande convite para participar na sua festa na escola.
O tema era “Concurso de talentos”, para o qual as raparigas, entre os estudos, estavam a praticar.
A escola estava decorada e todas as crianças estavam muito entusiasmadas.
Mais uma vez tive a oportunidade de conhecer um pouco da sua cultura através do desempenho das crianças desta escola e fiquei maravilhada.
Lembro-me com carinho que, a certa altura, a professora que apresentava o espetáculo pediu a duas das nossas crianças mais velhas que mudassem a língua para inglês para que eu pudesse compreender. Actividades depois da escola Quando a escola terminou completamente, tivemos mais tempo para algumas actividades como trabalhos manuais, , fazer alguns colares, cozinhar, jogar jogos tradicionais da Europa, entre outros.
Também tive tempo de lhes mostrar uma apresentação sobre a minha ilha – São Jorge – Açores – Portugal – e algumas danças de Portugal e do Brasil.
Como são grandes as diferenças, mas como todos os povos estão ligados através do canto e da dança.
Continuando no tema , fizemos também uma das mais famosas actividades après-ski de Les Elfes – o vídeo musical.
Esta consiste em dançar e fazer mímica de uma canção que depois será editada com alguns efeitos e misturas.
Os alunos ficaram muito entusiasmados. Despedida perfeita Como todos os momentos agradáveis passam a voar, o meu grande tempo com estas crianças estava prestes a terminar e nada melhor para uma despedida perfeita do que um gelado para deliciar todos os gostos e um grande vídeo de “obrigado” para enviar a Les Elfes e a todos os apoiantes.
Depois deste tempo, as crianças foram para as suas aldeias para visitar alguns parentes ou vizinhos próximos e, portanto, receber as suas bênçãos também. A minha viagem no Nepal ainda não tinha terminado, pois tive a oportunidade de explorar um pouco as belas montanhas de Annapurna, os fantásticos templos budistas em Lumbini e, finalmente, a selva selvagem no Parque Nacional de Chitwan.
Esta experiência foi única e tirou-me realmente da minha zona de conforto para um lugar lindo e para uma casa linda onde estão a ser transmitidos tantos valores a estas crianças que, de alguma forma, perderam a base de apoio numa idade muito jovem.
Mas elas estão a tirar o máximo partido desta oportunidade na ANA e preparam-se realmente para um futuro brilhante.
Para terminar, só posso recomendar a todos os colegas que se sintam de alguma forma empenhados em prestar algum serviço fora da sua zona de conforto, que se juntem à família no Nepal e se preparem para um intercâmbio enriquecedor. Ao Philippe e à família Les Elfes (incluindo o pessoal, os parceiros e os apoiantes), como ele orgulhosamente nos chama, um grande “Dhanbad” (obrigado em nepalês) pela bela oportunidade que agora posso partilhar com outros.